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Introvertidos podem facilitar?
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Introvertidos podem facilitar?

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25 Jun 2020

E aqui vamos de novo... Há algumas semanas escrevi um texto contando um pouco sobre esses tempos de trabalho remoto e não é que teve gente que leu? Então resolvi escrever outra.

Sim, fique chocado - quem me conhece sabe que não sou de ficar escrevendo sobre experiência pessoais, mas nesses tempos de isolamento social, topamos tentar coisas novas, não é?

Muita coisa aconteceu no mundo desde o último post, mas esse texto não vai ser sobre toda essa imensidão de acontecimentos (por enquanto…), seguimos aqui na linha do “home office”.

O texto aqui vai para todos que ainda estão trabalhando de casa, e que tiveram que mudar não só o local do trabalho, mas também a maneira de interagir com colegas e clientes. Colaborar de forma genuína e mostrar resultados, tudo no virtual.

Enquanto consultoria de inovação, nosso produto em essência é nossa expertise - um serviço. Por isso, estar presente com o cliente para fazer a entrega sempre esteve dentro de nossos protocolos padrão. Processos de Design, Hackathons, Workshops eram, em sua maioria, entregas presenciais. Entretanto, com a pandemia, isso se tornou quase que impossível, não podíamos mais viajar, nem reunir as pessoas presencialmente para nada.

E agora?

Como que entregamos valor para nossos clientes, parceiros e pessoas com quem já tínhamos compromissos, só que de forma 100% online?

O jeito foi estar nesse lugar de experimentação e vulnerabilidade: encontrar parceiros que topariam testar projetos com facilitação online, junto com muita conversa de time e coragem. Coragem de acreditar que fazer algo online tem tanto valor quanto o presencial e de acreditar que o online pode ser focado, leve, eficiente e divertido.

Comecei tímida em algumas facilitações de projeto, mas logo percebi como a versão online das entregas era maravilhosa!

A gente não só economiza tempo de deslocamento até o cliente, como também apresenta muito mais conteúdo, inclusive de ferramentas digitais diferentes que muitas pessoas não conheciam, como o Miro/ Mural/ Slack( #ficadica). É quase como se nossos workshops fossem o momento do dia para “rever” os colegas e estar 100% presente para aquele assunto e grupo.

E foram nesses workshops que percebi o quanto esse formato de entrega me permitia estar mais tranquila e confortável na “frente” de um público.

Pois é.

Realizar apresentações nunca foi algo muito natural para mim, fosse algo simples da escola ou nas famosas dinâmicas de grupo para estágio. E no fim, para não duvidar que a vida dá voltas mesmo, é algo que hoje faz 100% parte do meu trabalho.

Ainda não sou das pessoas que se sente suuuper bem com um público: existe ainda um sofrimento real, de respirar fundo 3, 4, 5 vezes e ter toda uma preparação mental e emocional. Mas, posso dizer que hoje, depois de tantas facilitações online, sinto que é possível um equilíbrio emocional que eu nunca tinha imaginado.

Se essa situação te soa familiar, imagino que as entregas de trabalho online devem ter vindo no melhor timing possível, como foi pra mim, rs. Deixo claro que ainda quero ver pessoas presencialmente, conhecer outras cidades (como qualquer outra pessoa que curte viajar ) e todas as realidades por aí, só que não dá para negar que nesse ponto o trabalho remoto está sendo top!

Desde que comecei na 08 pude fazer algumas entregas online que antes só tinha vivido de forma presencial, e tem sido uma das experiências mais extraordinárias de trabalho. O processo de construção das dinâmicas e facilitações envolve uma complexidade ainda mais instigante e curiosa:

  • Como engajar pessoas online?
  • Como trazer conteúdo e praticidade para workshops mantendo leveza e foco?
  • Que ferramentas e dinâmicas podemos testar para deixar a experiência mais interativa? Sabendo que ninguém aguenta ficar horas e horas sentado na frente do computador.
  • Pensar em pausas, ergonomia, música, webcam, microfone, conexão com internet
  • Como fazer desse momento o melhor possível para quem está com a gente?
  • Como acolher e ser participativo para o maior número de pessoas?
  • Como zelar para que os participantes estejam presentes, e que aquelas horas juntos, tenham tanto valor quanto se estivéssemos lá presencialmente?

A falta do presencial é compensada com atenção, criatividade e empatia.

Talvez o maior exercício tenha sido da empatia e reflexão do valor do nosso trabalho. Na prática, percebemos que fazer online não deixa a desejar, nem vale menos. É só uma outra forma de trabalhar, que se feita com carinho e dedicação, é e tem sido tão rica quanto estar fisicamente no lugar.

Esse foi um feedback de um dos nossos clientes, que num espírito de colaboração e muita parceria, aceitou fazer um hackathon de design 100% online. Alguns participantes já tinham participado de projetos presenciais nossos, e ouvir deles que foi tão rico quanto o anterior, não tem preço. #obrigadainstitutosicoob

Isso porque:

  1. Não precisaram gastar recurso para deslocamento;
  2. O formato online trouxe muito mais foco para eles porque era aquele momento marcado do dia para se dedicar à tarefa 100%;
  3. Possibilitou a participação de mais pessoas, já que sendo online, as pessoas tinham mais flexibilidade para organizar suas agendas.

Se depois de todo esse relato, você está curioso sobre como fazemos tudo isso, aproveitamos todas essas experiências para escrever um eBook. Nele trazemos tudo que deu certo - e também os pontos em que derrapamos antes de acertar.

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